Durante conversa com os seguidores na última quinta-feira (17), Luciana Gimenez contou que já sofreu um relacionamento abusivo e incentivou outras pessoas a denunciarem seus parceiros.
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“Todo mundo olha para mim e acha que a minha vida é perfeita, e não é assim. Eu já fui… Eu já tive um relacionamento, não era amoroso, era outro tipo, mas foi abusivo durante anos. Eu não sabia. Mais importante, se eu puder dar um conselho para vocês que estão me ouvindo, primeiro: Saber que está sofrendo abuso e entender isso na nossa cabeça e em nosso contexto. Muitas vezes a vítima não sabe. Na maioria das vezes. Não consegue nem discernir que está sofrendo abuso. Acha que ela que está provocando, que é culpada, que ela quem fez algo de errado, tem vergonha de contar. Primeiro é discernir: ‘Isso que está acontecendo comigo não é normal, eu estou sofrendo um abuso’. Seja psicológico ou físico, você tem que saber diferenciar”, disse ela.
“Sempre digo que tem que ter um amigo, um profissional que consiga te ajudar, te dar carinho, colo, um lugar para você ir se estiver sofrendo isso em sua casa. Procurar um profissional que possa te ajudar a ter uma visão macro da situação”, acrescentou a apresentadora.
Luciana ainda ressaltou a importância de ter uma rede de apoio para as pessoas que estão passando ou já passaram por situações com essa. “Se você souber de alguém que esteja indefeso sofrendo abuso… A gente tem que ficar de olho, tem que proteger as crianças e os mais fracos. Denuncie, ligue para a polícia. Não adianta ficar remediando, ligue para a polícia. Se tiver medo, ligue para disque denúncia, mas a sociedade precisa se unir contra a violência psicológica, sexual e moral. Chega, já deu”, refletiu ela.
“Eu estou aqui na luta, na batalha pelas mulheres e com as mulheres. Também estou mudando a maneira como eu ajo, esse machismo está em todas nós mesmo não querendo. Então, temos que trabalhar isso todos os dias para não errar, mas vamos errar em algum momento. Até sendo conivente e não observando. Mas tem que tentar mudar nosso círculo, agir melhor. Nós mesmas. Não aceitando, pontuando, observando, vamos tentar mudar um pouco. A mudança vem da gente”, concluiu.