Influenciador e especialista João Marcos Mattos explica a relação entre aparelhos ortodônticos e a dor orofacial

Influenciador e especialista João Marcos Mattos explica a relação entre aparelhos ortodônticos e a dor orofacial . Foto: Divulgação
Influenciador e especialista João Marcos Mattos explica a relação entre aparelhos ortodônticos e a dor orofacial . Foto: Divulgação

Sentir o maxilar estalando ou a mandíbula travando não é incomum, e com toda certeza, você ou algum conhecido já passou por isso em algum momento da vida. Isso pode indicar disfunção na Articulação Temporomandibular (ATM) e na musculatura mastigatória, as conhecidas DTMs – Disfunções Temporomandibulares.

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As Articulações Temporomandibulares são as mais acionadas no nosso corpo e atividades cotidianas e frequentes como comer, falar e mastigar fazem com que os músculos e ligamentos entrem em ação. Por isso, mesmo sendo pequena, ela é uma das partes mais complexas do corpo humano. Assim, quando essas articulações estiverem de alguma forma comprometidas ocorrem a chamada Disfunção Temporomandibular.

As DTMs, geralmente, ocorrem na adolescência e na vida adulta, quando apresentam algum tipo de má oclusão esquelética ou dentária, isso acarreta dor ou disfunção no segmento cefálico, como cefaleias, dores de ouvido e na região da face.

Essa disfunção tem etiologia multifatorial, má oclusões, estresse e outros fatores psicológicos e trauma têm sido sugeridos como possíveis fatores etiológicos. Mordida cruzada, aberta, interferências oclusais, apinhamento dentário e perdas dentárias são fatores que podem ter grande papel no desenvolvimento das disfunções, portanto tratamentos ortodônticos são capazes de melhorar as desordens temporomandibulares.

De acordo com o doutor e mestre em Biologia Oral, Dr. João Marcos Mattos, avanços no conceito de Odontologia Baseada em Evidências têm demonstrado que apesar de não haver relação entre causa e efeito direta na associação entre Ortodontia e as DTMs, o tratamento multidisciplinar das DTMs, com posterior tratamento ortodôntico têm apresentado resultado rápido no alívio dos sintomas, principalmente quando há má oclusão.

“A literatura científica da relação entre má oclusão, DTM e tratamento ortodôntico é bastante extensa, com muitas variações de entendimentos entre a relação de causa e efeito do tratamento ortodôntico em relação à DTM. Mas, é certo afirmar que um tratamento ortodôntico criterioso, levando em consideração as bases fisiológicas das relações maxilares, não causa DTM. Clinicamente, tratamentos ortodônticos até mesmo com alinhadores transparentes têm apresentado melhora acentuada dos sintomas. Esse mecanismo funciona por um lado de forma semelhante à de instalação de placa oclusal, que não só contribui para diminuir o atrito entre as arcadas dentárias, alterando hábitos corriqueiros como mascar chiclete por tempo prolongado, ou apertar os dentes; como também contribui para correção do alinhamento dentário, ajuste na arcada quando há perda dentária” explica a Dra. Maria Mattos, especialista em ortodontia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

O especialista em DTM, Dr. João Marcos, aponta que a presença de sintomas de DTM na idade adulta prevalece em pessoas do gênero feminino. “Isso ocorre devido à histologia e morfologia óssea feminina, aspectos hormonais e uma maior sensibilidade a estímulos dolorosos”, comenta.

Em caso de suspeita de DTM, o mais indicado é buscar ajuda com um dentista especializado na disfunção. A longo prazo, o transtorno pode trazer consequências graves para sua saúde bucal. “Acarreta problemas articulares, podendo até mesmo gerar doenças degenerativas articular, e como consequência, gerar alterações na mordida. Em geral, a depressão e ansiedade, tão comum nos dias atuais pela pandemia impondo o isolamento social, agravam ainda mais o quadro nessa região, que é uma das mais complexas, pois interliga os mecanismos de fala, respiração mastigação e deglutição”, esclarece Dr. João Marcos Mattos.

Como as disfunções são geradas por diversas causas e efeitos sobre o corpo, o Dr. João Marcos conta que existem diversas formas de tratamento, sendo as principais “odontológica e fisioterápica; em casos mais raros e crônicos, é necessário tratamento psicológico”, explica ele.

Desta forma, o especialista em DTM recomenda que o processo seja multidisciplinar e integrador. “O especialista em DTM e dor orofacial deve comandar o tratamento, mas sempre que possível deve ter uma abordagem multidisciplinar. Há, inclusive, alterações hormonais que podem influenciar no tratamento”, conta o doutor.

Dependendo das causas, o processo pode incluir profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, endocrinologistas, otorrinolaringologista, neurologista, além de acompanhamento com ortodontista.
Esse último, é fundamental, pois os fatores relacionados à DTM estão ligados diretamente as desarmonias oclusais, gerando o desencaixe das articulações. Ou seja, se sua mordida está te incomodando ou não está com o encaixe correto, faz-se necessário tratamento corretivo. Para os mais velhos ou para aqueles que acham que o “sorriso metálico” pode prejudicar a sua vida social ou profissional, o avanço tecnológico tem proporcionado ótimos resultados com os alinhadores transparentes, como explica a Dra Maria Mattos “Os alinhadores transparentes são a melhor opção para aqueles que precisam corrigir má oclusões sem a preocupação do temido “sorriso metálico”, pois eles priorizam e valorizam a estética, resolvendo o problema com muita discrição e com um desfecho surpreendente.

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