Filha de Carol Bittencourt fala sobre morte da mãe: “Eu achava muito injusto”

Filha de Carol Bittencourt fala sobre morte da mãe: "Eu achava muito injusto"
Filha de Carol Bittencourt fala sobre morte da mãe: “Eu achava muito injusto” (Foto: Reprodução/Instagram)

Dois anos após a morte da mãe, Isabelle Bittencourt, filha de Carol Bittencourt, quebrou o silêncio e falou sobre seu processo de luto.

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“Uma das perguntas que mais recebo no Instagram é sobre como superei e como consegui seguir adiante. Acho muito importante que pessoas que passam por situações parecidas consigam ter relatos de outras pessoas. Então, decidi dar o meu relato”, começou ela.

Segundo ela, após a morte da mãe, decidiu se tornar o apoio para sua família e não teve apoio para si mesma. “Minha avó que estava mal, meu avô e meu padrasto. Eu queria abraçar todas essas pessoas e trazer para perto. Tomei o papel de quem cuida e não de quem é cuidada. Naquele momento, eu precisava ser cuidada. Acabei tomando esse papel porque eu queria. Só que eu não tinha noção de como isso poderia me prejudicar futuramente”, explicou Isabelle.

Isabelle revelou que perdeu sua fé por conta do ocorrido. “A primeira coisa que questionei e deixei de acreditar foi Deus. Para mim, não era possível Deus ter deixado aquilo acontecer comigo. Para mim, a morte era uma forma de me castigar e castigar a minha mãe. Eu achava muito injusto. Naquele momento, eu parei de acreditar em Deus e fui me perdendo. Eu não entendia por que a gente tinha que ter relações interpessoais. Não entendia por que eu tinha que conviver com a minha família e amigos. Por que eu tinha que ir para a faculdade, escola e trabalhar? Qual o objetivo disso tudo?”, contou.

Mas, depois de uma conversa com seu pai, Giba Ruiz Vieira, pensou novamente no assunto. “Ele falou: ‘Você não precisa acreditar em Deus, em Alá ou nesses nomes que as religiões dão. Mas você precisa ter fé. Se você tiver fé de que existe uma força maior, tudo vai fazer sentido’. Quando meu pai falou isso, de que eu tinha que ter fé e acreditar em força maior, passei a falar: ‘Tenho que me cuidar’. Fui atrás de psicólogos, psiquiatras e, na sequência, uma ajuda espiritual. Posso dizer que a ajuda espiritual foi importante porque tive crescimento pessoal, não só no meu amadurecimento, mas na questão de ver a vida de outra maneira.”

Com o apoio na espiritualidade, conseguiu entender a morte da mãe. “Ela viveu tudo que tinha para viver. Ela viajou, casou, o que era o sonho dela, teve uma filha e muito sucesso. Ela teve uma carreira linda, por mais que estivesse acabando a faculdade. Creio que tudo isso são fatores que mostram que ela terminou a missão dela aqui, que estava evoluída espiritualmente e conseguiu ir para um plano superior”, concluiu ela.

Carol Bittencourt morreu em 28 de abril de 2019, em Ilhabela, São Paulo, aos 37 anos, durante um passeio de barco. A causa do óbito foi afogamento.

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