A família da influenciadora digital Liliane Amorim, que morreu no último domingo (24) por complicações após uma lipoaspiração, irá processar o médico que fez o procedimento.
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A influenciadora, que tinha 26 anos, fez o procedimento com o médico Benjamin Alencar. A família de Liliane o acusa de erro médico e tem a intenção que ele responda por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Segundo a advogada da família, Débora Helen Santos Araújo, o médico teria perfurado o intestino da paciente durante o procedimento, o que teria resultado na infecção generalizada que causou a morte da jovem.
De acordo com a defesa e amigos de Liliane, a influenciadora teria passado seis dias se queixando de dor após a cirurgia. Ela teria ligado para o médico, que menosprezou os sintomas dela. “Se ele tivesse tratado como deveria, internado no pronto-socorro, ela talvez não tivesse morrido. Ele passou apenas remédios paliativos e analgésicos. Tudo isso está na queixa”, disse a advogada.
Ainda segundo ela, a influenciadora teve mais de uma perfuração no órgão, que, de acordo com ela, foi um erro “muito grosseiro”. “Além da imperícia na cirurgia, houve negligência no pós-operatório. Ele não se atentou às queixas dela [na semana seguinte à operação] de muita dor e mal-estar. Ele desdenhava dela, dizendo que era corpo mole. Dependendo das provas, haverá indiciamento. Como advogada, acredito que se trata de homicídio culposo”, relatou.
Débora compartilhou com o UOL imagens da tomografia e o laudo médico de Liliane, depois que ela deu entrada no hospital Unimed, em Juazeiro do Norte, no Ceará. Os documentos, que fazem parte do inquérito, comprovam o erro do médico Benjamin Alencar.
Além das perfurações no abdome, o laudo ainda aponta derrame na pleura e afirma que o peritônio estava tomado por secreções intestinais. “Vamos entrar com ação pleiteando também reparação de danos morais e materiais.”