Joana Couto, de 30 anos, é uma das protagonistas da série “Perdido”, que estreou na noite da última segunda-feira (9). Formada em cinema, ainda é modelo e artista plástica, e transexual.
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Joana fez sua estréia como atriz de TV e logo como uma das protagonistas: atua como o personagem Roberto Clayton, que se assume como a mulher trans Clay.
Em entrevista para O Globo, Joana explica que as pessoas trans são vistas como uma ameaça. “Pelo homem, que agride ou transa escondido, e pela mulher, que as vê como as que assaltam ou possíveis amantes do marido”.
Ela revela ainda que lida tanto com o fascínio quanto com a agressividade que seu visual andrógino provoca nos homens. “A série procura desdemonizar. Falar disso na TV é ganhar empatia, ampliar visões que foram bitoladas pelo olhar heteronormativo machista. Somos mulheres e, antes disso, seres humanos. Não precisa gostar, mas a gente merece respeito”, salienta.
Ela começou seu processo de transição aos 17 anos. “Teria sido muito mais cedo se a sociedade fosse mais aberta. Conheço meninas que fazem a transição com 13 anos, são chutadas de casa e caem na prostituição”, lamenta.