Juliana Paes diz que plumas de fantasia são recicladas

A atriz Juliana Paes, rainha de bateria da Grande Rio, escola de samba que desfilou no domingo, rebateu nesta quarta-feira (6) as críticas que recebeu sobre as plumas que enfeitaram o arranjo de cabeça de sua fantasia. A atriz representou, no desfile, um tipo de pássaro em risco de extinção, a ave-do-paraíso, e veio escoltada pelos músicos da bateria, que estavam vestidos de guardas-florestais.

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No seu perfil no Instagram, muitos seguidores da atriz apontaram a incoerência de Juliana representar a preservação ambiental e, ao mesmo tempo, usar plumas de uma ave rara. “Surreal alguém apoiar a preservação de uma ave quase extinta, com vários animais mortos na cabeça”, escreveu uma usuária da rede social. As críticas foram baseadas em uma fala do carnavalesco Milton Cunha, comentarista da Rede Globo, que disse, durante o desfile, que as plumas teriam vindo da Indonésia. Muitos espectadores entenderam, a partir desse comentário, que as penas seriam naturais,

A atriz escreveu o seguinte em um story no seu perfil do Instagram: Usei neste carnaval uma réplica da ave do paraíso com materiais reformados que entrariam em descarte não fosse a recuperação… E todas as penas foram recicladas de acervos de anos anteriores e reutilizados com nova coloração…Um trabalho de preservação de material já existente não pode ser confundido com exploração animal! Julgar sem saber…até quando?”

Segundo a Wikipédia, as aves-do-paraíso formam um grupo de 43 espécies, encontradas na Austrália, Nova Guiné, Indonésia e Ilhas Molucas. Quando a ilha de Nova Guiné foi descoberta por naturalistas europeus, as aves-do-paraíso chamaram a atenção pelo seu exotismo e diversidade, e suas plumas viraram enfeite de chapéus de mulheres das classes média e alta. Museus de história natural e colecionadores disputavam exemplares empalhados dos animais. No início do século 20, muitas espécies ficaram em risco de extinção. A importação de plumas de aves-do-paraíso é proibida na maioria dos países onde elas estão presentes. 





Durante a transmissão de outra escola de samba, a Beija Flor, Milton Cunha afirmou, ao responder uma dúvida de um telespectador, que as plumas usadas no Carnaval vêm de fazendas de faisões e avestruzes e que as penas são retiradas durante o “desplume”. Segundo criadores, a colheita das plumas é feita quando elas estão secas e maduras, sem causar dor aos animais.

Resta saber se os seguidores acreditarão na explicação da musa da Grande Rio.

Fotos: reprodução Instagram

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